Áreas Degradadas: por que precisamos falar sobre isso?

Áreas Degradadas: por que precisamos falar sobre isso?

Por: Admin - 26 de Junho de 2025

No último ano, temos alimentado o blog do nosso site com diversos textos técnicos, sempre buscando conciliar conteúdo qualificado com uma abordagem didática e acessível a todos os públicos. Já abordamos grandes temas, como hidrologia, drenagem, licenciamento ambiental, gestão de resíduos, biogás e biometano. Agora, iniciamos uma nova série de publicações voltadas ao tema áreas degradadas e os diversos processos envolvidos na sua recuperação. Ao longo das próximas semanas, vamos tratar dos aspectos legais, das metodologias que utilizamos, das formas de monitoramento e muito mais. Convidamos você a nos acompanhar nessa jornada.

Nas últimas décadas, temos presenciado o avanço da degradação ambiental em diferentes regiões do Brasil, tanto em áreas rurais quanto urbanas. Esse processo envolve desde a supressão da vegetação nativa até a contaminação do solo e da água, comprometendo diretamente a qualidade de vida da população, o equilíbrio dos ecossistemas e o próprio desenvolvimento econômico. Por isso, queremos contribuir para ampliar o entendimento sobre o que são áreas degradadas, como elas afetam nossas vidas, o que a legislação brasileira exige sobre sua recuperação e quais os benefícios gerados à sociedade quando conseguimos restaurar esses ambientes.

De maneira geral, chamamos de áreas degradadas aquelas que perderam, total ou parcialmente, sua capacidade de sustentar os processos ecológicos naturais. Essa perda pode ser provocada por práticas inadequadas de uso do solo, como desmatamento, mineração, uso intensivo de agrotóxicos, descarte irregular de resíduos, queimadas ou obras mal planejadas. Os impactos são variados e graves: erosão do solo, assoreamento de rios e córregos, redução da biodiversidade, contaminação de recursos hídricos e aumento do risco de enchentes e deslizamentos.

A boa notícia é que áreas degradadas podem — e devem — ser recuperadas. A recuperação ambiental envolve um conjunto de ações planejadas para restabelecer as condições físicas, químicas e biológicas da área afetada, permitindo que ela volte a exercer suas funções ecológicas essenciais. Esse processo pode incluir a revegetação com espécies nativas, a contenção de erosões, o tratamento de solos contaminados, a reconfiguração da paisagem, entre outras ações. Cada situação demanda um diagnóstico técnico detalhado e uma estratégia de intervenção adaptada ao grau de degradação e aos objetivos de uso futuro da área.

Mais do que uma boa prática ambiental, a recuperação de áreas degradadas é uma obrigação legal no Brasil. A legislação brasileira determina que todo responsável por dano ambiental deve, além de arcar com eventuais multas, realizar a devida recomposição da área afetada. Essa exigência vale tanto para empreendimentos privados quanto para obras públicas ou propriedades rurais.

Ignorar essa obrigação pode trazer sérias consequências. Empresas ou empreendedores que causam degradação ambiental estão sujeitos a sanções administrativas, cíveis e até criminais. As penalidades vão desde multas elevadas até o embargo das atividades, suspensão de licenças, assinatura de Termos de Ajustamento de Conduta (TACs) ou ações judiciais. Por isso, cresce a demanda por soluções técnicas que, além de atender à legislação, ofereçam resultados efetivos de restauração ambiental.

Nos próximos conteúdos, vamos apresentar com mais profundidade os métodos de diagnóstico, os instrumentos legais envolvidos, as técnicas mais utilizadas na recuperação de áreas degradadas e exemplos práticos que demonstram como é possível transformar um passivo ambiental em oportunidade de regeneração e desenvolvimento sustentável.

Fique conosco.

Até a próxima!

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